Resumo

No texto “Estado, Governo, Sociedade: para uma teoria geral da política” de Norberto Bobbio, no capítulo IV é abordado a interligação entre democracia e ditadura.
O termo democracia é empregado para apontar uma das formas de governo, e um dos modos de ser exercido o poder político. Especificamente o poder político é exercido pelo povo.
Democracia não pode aqui determinar relações com outras formas de governos, pois somente assim é possível individualizar o seu caráter especifico. O conceito de democracia, numa forma ampla, permite dividir esse conceito para o tratamento dos usos da teoria das formas de governo. Esses usos são: descritivo (ou sistemático), prescritivo (ou axiológico) e histórico. Em seu uso descritivo, define-se na tipologia das formas de governo que historicamente existiram. Em uso prescritivo comporta uma série de juízos de valores dispostas numa ordem de preferência.
Aprofundando os usos, na forma descritiva a forma de governo adotado é aquela que emana do povo, ou seja, a população, ou a maior parte dela faz uso do poder. Esse uso se difere de outras formas de governo, tais quais: monarquia e aristocracia, nas quais somente um ou a minoria exerce o poder. Platão em sua época distinguiu as formas de governo e tempos depois Aristóteles retomou sendo citados tais palavras: “É necessário que o poder soberano seja exercido por um só, por poucos ou por muitos [Política 127ª]” (página 137). Em uso prescritivo, os prós e os contras à democracia sempre foi questão de disputa para uma melhor forma de governar, além disso, as questões relativas da democracia com as outras formas de governo, sendo assim o ordenamento axiológico também faz parte da discussão. A democracia pode ser tanto a pior (ou a melhor) das formas boas e vice-versa. A tese platônica diz que: “a democracia é simultaneamente a pior das boas e a melhor das más (enquanto ao contrário a monarquia é a melhor das boas e a pior das más).”
Os autores Bodin, Hobbes, Locke, Vico,