resumo
Nunca os seres humanos conseguem entender completamente o que estão fazendo, por que estão enredados neste mesmo processo de compreensão. Caso contrário, somos levados a desfigurar, mais que apenas analisar a realidade, sem falar que acabamos também desfigurando o próprio sujeito. (p. 63)
Entretanto, é mister perceber o contínuo local-global, porquanto não se trata de virar a mesa, mas permitir que todas se sentem perto dela. (P.64)
O pós modernismo, a título de multiculturalidade, pode cair na fragmentação excessiva, respondendo às pretensões transcendentais modernistas com espectros relativistas. Como os extremos se tocam, nada ganhamos com isso. (p. 64)
Socialmente, é inevitável, porque, sendo o conhecimento científico fenômeno também social, cristaliza-se em paradigmas cuja validade, mesmo localizada, é indisfarçável. Assim, se de um lado, não é factível fragmentar tudo, de outro, o conceito negativo de utopia reconhece nossos desejos de perfeição absoluta, nesse sentido, transcendentais. (p. 64)
Todavia, podemos também apontar o outro lado: percebemos o provisório porque o contrastamos com panos de fundos não ou menos provisórios. (p. 64)
A discussão da complexidade serviu também para marcar limites do conhecimento científico, além de justificar, por decorrência, a necessidade. Toda análise depura a realidade em termos de buscar seus traços mais relevantes, imaginando que, por baixo dela, existem componentes mais simples e que neles estaria a explicação. (p. 64, 65)
No nível lógico, aponta para as complexidades propriamente epistemológicas, ressaltando três níveis; complexidade descritiva, relativa à adequada descrição de sistemas, sempre incompleta; complexidade generativa, relativa ao conjunto de