Resumo o segredo de minas

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Faculdade de Ciências Econômicas
Curso de Graduação em Ciências Econômicas

O PÚBLICO E O PRIVADO: O PAPEL DO ESTADO NA FORMÇÃO DE MINAS GERAIS

RESENHA CRÍTICA SOBRE A OBRA O SEGREDO DE MINAS DE AMILCAR VIANNA MARTINS FILHO

Autor: Alexandre Ribeiro
Capítulo 1 No início do século XX, Minas Gerais ocupava papel de destaque na política nacional, tendo elegido três Presidentes e cinco Vice-Presidentes. Uma das explicações para essa posição privilegiada pode ser encontrada na Constituição de 1891 que favoreceu o estado através de duas medidas: a transferência para os governos estaduais da apropriação da receita dos impostos de exportação; e a regra de definição do tamanho da bancada estadual no Congresso Nacional, que passou a ser proporcional ao tamanho da população do estado. Essas mudanças favoreceram Minas, pois ele era o estado mais populoso do país e o segundo maior produtor de café. Por esse motivo, Minas chama a atenção de muitos estudiosos que tentam explicar o posicionamento político do estado, principalmente no período que segue a crise do mercado internacional do café, na segunda década republicana. Em sua obra, Amilcar Martins contradiz a visão dominante sobre a política mineira no período. Visão esta, que tendo como base, o modelo de representação de interesses, foi tornada explícita por Paul Camack em dois pressupostos subjacentes deste modelo: o de que a economia mineira era dominada pelo setor exportador; e o de que a elite política mineira era dominada pelos fazendeiros do estado. Para Amilcar, a forte presença do estado português na política e na economia do estado, ao longo de sua história, impossibilitou a constituição de um sistema político de tipo feudal, ou seja, dificultou o desenvolvimento de mecanismos de representação de interesses privados. Sendo assim, o sistema político existente era o de tipo patrimonialista, no qual, para o caso da