Resumo E Coment Rio G Rgias

Resumo
O diálogo começa com a chegada de Sócrates e Querefonte à casa de Cálicles, onde Górgias está hospedado, a fim de interrogá-lo acerca daquilo que ele é, já que desejam ser esclarecidos sobre a arte que este exerce e, consequentemente, acerca do nome que lhe devem atribuir – “Desejo perguntar-lhe em que consiste a força de sua arte e o que é que ele professa e ensina.” Diante destas duas problematizações colocadas pelo mestre da filosofia, qual a virtude da arte de Górgias e a definição da retórica, tem-se o início de um confronto de argumentos, onde se diferenciam dois grupos distintos: o primeiro constituído por Górgias, Polo e Cálicles (defensores da retórica) e outro por Sócrates e Querefonte (no território da Filosofia). Durante o diálogo, Górgias, Polo e Cálicles vão elaborando definições, um tanto subjetivas e pouco rigorosas, da arte por eles praticada. O primeiro a fazê-lo é Polo que começa por se referir às experiências, afirmando que estas orientam a vida do homem, enquanto que a inexperiência o faz caminhar ao acaso; deste modo, Polo considera a retórica uma atividade empírica.
Para Górgias, a retórica são os “recursos oratórios”, ou seja, um jogo de argumentos cuja finalidade é a persuasão dos ouvintes. Por fim, concluem, definitivamente, o que é para eles a retórica e chegam à conclusão de que esta se refere às “coisas belas”; que “a arte que cultiva é a mais bela de todas” e, que é escolhida pelos melhores, por ser a melhor das artes. É, além disso, considerada uma arte universal por Górgias, à medida que este faz alarde da sua capacidade de responder a todas as perguntas que lhe desejem fazer.
O grupo dos oradores acaba por não definir a retórica, mas por valorizá-la e, assim, fazê-la subjetiva. Desta forma, é notória uma oposição radical entre os processos e as finalidades dos oradores (retórica e persuasão) e os dos filósofos (dialética e verdade).
O debate entre Sócrates e Górgias começa naturalmente com a definição de retórica dada por