Resumo "A invenção da Homossexualidade"

A invenção da homossexualidade – Paulo Roberto Ceccarelli
O artigo “A invenção da homossexualidade”, escrito por Paulo Roberto Ceccarelli, aborda a visão psicanalítica, e isso implica dizer que essa visão não é só a de Freud, mas também a visão dos pós-freudianos, sobre a chamada homossexualidade.
O autor faz brevemente comentários a respeito dessa “invenção” e afirma que primeiro foi necessário se estabelecer a “sexualidade natural”, heterossexual e para procriação, para depois surgir comportamentos de sexualidade que foram intitulados como anormais. Vale salientar que a atração entre pessoas do mesmo sexo é algo que acontece desde a Antiguidade e que em algumas sociedades, como por exemplo, a sociedade grega, era considerada uma prática comum, bem como em outras sociedades, como por exemplo, as sociedades pautadas no cristianismo, era uma prática extremamente rejeitada e podia ser motivo até de morte.
A homossexualidade nas obras de Freud era ricamente discutida e para ele essa orientação sexual era tão válida quanto a heterossexualidade. Ele fundamenta sua posição a partir do complexo de Édipo e afirma que todos os seres humanos possuem em seu inconsciente traços de homossexualismo.
A psicossexualidade, termo mais tarde usado por Freud, apresenta a ideia de que a pulsão sexual não tem objeto fixo e se diversifica sendo assim exprimida de diversas maneiras indo além dos próprios órgãos genitais. Dessa forma, não faz mais sentido diferenciar heterossexuais de homossexuais.
Em 1920, Freud fortalece ainda mais a sua opinião sobre a orientação homossexual ao afirmar que o papel da psicanálise frente a essa orientação é de analisar mecanismos psíquicos que levaram para tal disposição sexual e não o papel de buscar solução para esse problema.
Para Freud, a finalidade sexual é a busca do prazer e assim ele vai contra a moral e contra a religião. Ele considera essa orientação apenas uma variação da função sexual e se manteve contra a exclusão desse grupo e contra