Resumo A grande Iusão - Norman Angell

Universidade Federal do Rio de Janeiro Curso de Defesa e Gestão Estratégica Internacional

Luciano Da Fonseca Faria Junior – [e-mail]

Trabalho de Teoria das Relações Internacionais

Norman Angell – A Grande Ilusão

Parte I

Capítulo I

De modo geral, a rivalidade europeia na área bélica que reina hoje entre a Inglaterra e a Alemanha não pode prolongar-se indefinidamente na sua forma atual. De modo que os enormes sacrifícios que foram feitos um contra o outro não contam praticamente para nada e, além disso, nenhum dos dois países concede passagem ao outro, o que significa que colocam-se um a mercê do outro – situação que ambos resistem em aceitar.
Duas soluções diferentes são propostas para resolver esse problema. A primeira, minoritária, consistiria em resolvê-lo mediante o desarmamento geral ou a sua limitação recíproca. A segunda, maioritária, supõe que a atual rivalidade está destinada a culminar em um conflito armado que reduza um dos contendores à clara inferioridade, resolvendo temporariamente o problema, sem prejuízo de que volte-se a uma situação de relativo equilíbrio, e o processo se repita integralmente.
Essa segunda solução é tida como uma das leis da vida,e nos dois países,os que aceitam a primeira solução são considerados incapazes de compreender as condições do mundo em que vivem; ao qual se dispõem a sacrificar a segurança nacional sem outra garantia a não ser a suposição.
Contra essa suposição, invoca-se a lei do conflito. Os ensinamentos do século XIX onde a sobrevivência dos mais capazes, a extinção dos mais fracos, a lei de que toda vida, consciente ou inconsciente, é marcada pela luta. O sacrifício imposto pelos armamentos é o preço pago pelas nações por