Resumo Teorias Urbanas E O Planejamento Urbano No Brasil

No artigo “As teorias urbanas e o planejamento urbano no Brasil” de autoria de Roberto Luís de Monte Mor, são abordados fatos urbanísticos. Mor infere a centralização das cidades, local de ocorrência da estruturação e articulação das forças sócio-culturais, econômicas e políticas da sociedade, como algo inevitável. O autor cita ainda transformações na sociedade no século XIX, oriundas da criação da classe trabalhadora e de seus consequentes, aumento de densidade demográfica e crise da metrópole industrial, ligado à isso as remodelagens clássicas de Cerdá e Haussmann que foram realizadas de modo a diminuir os efeitos negativos oriundos das transformações desta época, sendo o projeto de Haussmamm, o mais emblemático e com forte intervenção estatal implantado em alguns casos no Brasil. É articulada também a coexistência de quatro correntes urbanísticas a progressista, a culturalista, a naturalista e a organicista, tendo a corrente progressista, de Le Corbusier, maior relevância em território brasileiro. O mosaico urbano, também explanado no texto, possui abordagem ecológica e consiste na justaposição de diversos tipos de solo se distinguindo claramente da cidade tradicional. Propostas racionalistas subordinadas à logica produtiva industrial, ampliaram sua influência no planejamento de cidades devido à hegemonia da burguesia, Volta Redonda e Ipatinga, são exemplos desta proposta no Brasil. O modelo fordista a partir dos anos 70, contrátrio à inclusão social, gerou uma suburbanização precária. Segundo Monte-Mór o planejamento urbano e local, que se consolidou com a expansão do Taylorismo no processo industrial capitalista, buscou construir nas cidades e áreas urbanas periféricas, uma organização espacial que melhor atendesse às demandas crescentes da indústria e que após crise de 1929 houve uma grande concentração industrial em poucas áreas e regiões.
O autor fala ainda do aprofundamento das lutas de classes devido a segregação sócio-espacial, havendo assim a