Resumo: "posição do narrador no romance contemporâneo" e "sobre a ingenuidade épica" (adorno)

Universidade Federal de Uberlândia
Faculdade de Educação
Disciplina: Teoria da Narrativa

RESUMO

“Posição do Narrador no Romance Contemporâneo”, Adorno

ADORNO, Theodor W. Posição do Narrador no Romance Contemporâneo. Trad.: Jorge de Almeida. In: Notas de literatura I. São Paulo: Duas Cidades/ Editora 34, 2003. p. 55-63.

Este ensaio aborda a nova ótica do narrador contemporâneo como um sujeito partícipe que compartilha experiências e dialoga com um leitor que se torna ativo, participando da construção do sentido da narrativa. Nesse capítulo o autor discute as relações entre os indivíduos e a partir de então existe a possibilidade de diálogo entre o leitor e o texto. Dessa maneira, o leitor conquista o poder de duvidar do que está sendo narrado. A fim de realizar esse intento, Adorno propõe uma reflexão sobre as formas pelo qual o romance contemporâneo poderia reagir ao “mundo administrativo” devido a sua intrínseca “coisificação”. De acordo com o teórico, o romance necessita construir a sua identidade narrativa mostrando o mundo fragmentado tal qual se apresenta, no entanto, sem iludir o leitor. Por consequência, o romance deve desvelar a “coisificação”, reagindo ao “mundo administrativo”. Além disso, ao refletir sobre a relação entre narração e sociedade, observa-se que Adorno pontua a necessidade do narrador de descortiná-la. Em resumo, o autor sustenta a ideia de que, conduzido ao paradoxo de sua forma narrativa ao mesmo tempo em que é impedido de narrar, o romance se encontra órfão da sua função realista.

“Sobre a ingenuidade épica”, Adorno

ADORNO, Theodor W. Posição do Narrador no Romance Contemporâneo. Trad.: Jorge de Almeida. In: Notas de literatura I. São Paulo: Duas Cidades/ Editora 34, 2003. p. 47-54.

No ensaio “Sobre a ingenuidade épica” Adorno não toma o mito exatamente como o oposta da racionalidade, e sim como comportamento coagulado. Partindo do pressuposto de que o mito parte da mesma natureza do modelo racional responsável