Resumo: KERN, A.A. Reflexões epistemológicas sobre a Arqueologia brasileira.

Resumo: KERN, A.A. Reflexões epistemológicas sobre a Arqueologia brasileira. Apresentado na Reunião Científica da Sociedade de Arqueologia Brasileira, realizada na UFPE em Recife, de 19 a 24 de setembro de 1999.

Arno Kern discorre sobre o desenvolvimento da arqueologia brasileira, nas últimas décadas(anos 60, 70, 80, 90). Sua abordagem é otimista dando ênfase aos progressos metodológicos e buscando indagar sobre a diversidade do panorama nacional em relação às pesquisas arqueológicas. Para Kern, o desenvolvimento da ciência arqueológica foi facilitado, primeiramente pelo distanciamento em relação à influência teórica das filosofias metafisicas e especulativa sobre o desenvolvimento do homem, e em segundo lugar a aplicação de teorias particulares de alcance médio e estabelecendo referências de conceitos metodológicos próprios. A arqueologia brasileira analisou a cultura material desde sítios pré-históricos a sítios arqueológicos coloniais, e a partir dessas análises constituindo novos questionamentos dentro de um terreno fértil a reflexão. O autor também destaca que a arqueologia (não apenas nacional), está em fase de construção. Antigamente vista como disciplina auxiliar da História e da Antropologia, a ciência arqueológica adquire com o passar dos anos caráter próprio, sem distanciar-se, porém, de suas características multidisciplinares. A Arqueologia tem sido caracterizada por novos campos de atuação e busca de novas teorias, e isto reflete na abordagem nacional. No Brasil, o debate científico sobre a arqueologia surgiu, primeiramente os estudos sobre cultura material tiveram caráter sincrônico, e em seguida através das datações absolutas do Carbono 14 e análises tipológicas desses elementos da cultural material. Os arqueólogos brasileiros foram obrigados a estabelecer cronologias e sequências culturais para cada região que estudavam. Métodos complementares auxiliaram tais estudos, como as escavações