Resumo - int. sociologia
O RENASCIMENTO
O Renascimento, mais do que a maioria dos diversos momentos históricos suscita grandes controvérsias. Há quem veja nesse movimento filosófico e artístico o momento de ruptura entre o mundo medieval – com suas características de sociedade agrária, estamental, teocrática e fundiária – e o mundo moderno urbano, burguês e comercial. Mudanças significativas ocorrem na Europa a partir de meados do século XV lançando as bases do que viria a ser, séculos depois, o mundo contemporâneo. A Europa medieval, relativamente estável e fechada, inicia um processo de abertura e expansão comercial e marítima. A identidade das pessoas, até então baseadas no clã e na propriedade fundiária, vai sendo progressivamente substituída pela identidade nacional e pelo individualismo. A mentalidade vai se tornando paulatinamente laica – desligada das questões sagradas e transcendentais -, as preocupações metafísicas vão convivendo com outras mais imediatistas e materiais, centradas principalmente no homem. Embora as questões metafísicas e filosóficas tenham sido consideradas desde a Antiguidade, no Renascimento a nova sociedade que emerge exige a distinção entre conhecimento especulativo e o pragmático.
Analisar as contradições sociais e procurar resolve-las, acreditar que o bem-estar do homem depende das condições sociais é o germe do pensamento sociológico.
A ILUSTRAÇÃO E A SOCIEDADE CONTRATUAL
O Renascimento desenvolveu nos homens novos valores, diferentes daqueles vigentes na Idade Média. Os valores renascentistas estavam mais adequados ao espírito do capitalismo, um sistema econômico voltado para a produção e a troca, para a expansão comercial, para a circulação crescente de mercadorias e para o consumo de bens materiais. Instalava-se uma sociedade baseada na distinção pela posse de riqueza e não pela origem, nome e propriedade fundiária. Essa mudança radical no mundo ocidental exigia uma nova ordem social, dirigida por