Resumo Fausto
- Visão continental é preciso pois os modelos sobre a pré-história do continente baseavam-se na dicotomia entre terras altas e baixas. - Terras altas: Cadeias de montanhas dos andes - Terras baixas: Todo o resto à leste, principalmente a floresta tropical
- Se colocava a seguinte questão: porque nessas regiões à leste, na floresta tropical, não floresceu uma sociedade capaz de cultivar o solo, domesticar animais, dominar a metalúrgica, além de formar uma sociedade politicamente centralizada, estratificada e urbana, como ocorreu na região dos Andes? A dicotomia se dava pela organização com base no parentesco e pela organização com base nos vínculos políticos.
- Steward (1940) propôs um modelo para classificar as culturas da América do Sul em 4 tipos, classificados hierarquicamente pelo nível de complexidade: 1 – Povos marginais: caçadores e coloetores nômades. Ocupam o cone sul, chaco e Brasil central 2 – Tribos da floresta tropical: já viviam em aldeis permanentes, mas estão dispersas em território. Viviam em maior número. Dispersas na maior parte do continente, ocupando a Amazônia, a costa brasileira, as Guianas e os Andes meridionais.
3 – Região circuncaribenha e Andes setentrionais: desenvolvimento inicial de centralização política e religiosa, estratificação em classes e intensificação econômica. Haviam ultrapassado as relações com base no parentesco e davam lugar à hierarquia e o poder com base nas classes sociais. 4 – Civilização dos Andes Centrais: Império Inca, que durou cerca de 100 anos até a chegada dos espanhóis. População densa, com intensivos sistemas de agricultura e criação animal, aparelho estatal sofisticado, estratificação social, especialização e utilização das técnicas de metalúrgica.
- Service (1962) usou essa classificação para classificar essas sociedades em estágios de desenvolvimento político: bando, tribo, cacicado e Estado.
- era consenso a ausência de sociedades complexas como os hincas,