Resumo ESTA O CARANDIRU

2822 palavras 12 páginas
ESTAÇÃO CARANDIRU

Lançado em 1999 pelo Dr. Drauzio Varella, o livro relata seus dez anos de convivência como médico voluntário dos ocupantes da Casa de Detenção Carandiru, onde instalou um programa de prevenção a AIDS, trabalho que lhe deu a oportunidade de conhecer um lugar povoado de maldade onde não se conhece, muitas vezes, onde mora a verdade. A vida dentro desta penitenciária caracteriza–se como um mundo diferente, dentro do mundo ocupado pelos cidadãos livres, onde existem normas que devem ser cumpridas por força da segurança e da lei, e outras normas criadas pelos presidiários que devem ser rigorosamente cumpridas. Qualquer transgressão é castigada com espancamento e, dependendo do caso, até com a pena de morte, tornando–se os prisioneiros seus próprios juízes tendo como base as leis por eles mesmos estabelecidas. Cada pavilhão tem sua clientela própria, com critérios de distribuição obedecendo regras básicas. Por exemplo: Quem cometeu crime de estupro é encaminhado para o pavilhão cinco; reincidentes, no oito e primários no pavilhão nove. Os raríssimos universitários vão morar nas celas individuais do pavilhão quatro. Este poderia ser o mais privilegiado pois contém menos de quatrocentos presos. Deveria abrigar, além dos universitários, o Departamento de Saúde e Enfermaria. Mas, por necessidade de proteção aos marcados para morrer, a direção se viu obrigada a criar um setor especial, no térreo, denominado “Masmorra”, de segurança máxima. É o pior lugar da cadeia. Ali, os presos ficam sem banho de sol, trancados o tempo todo para escapar do grito de guerra do crime, convivendo com ratos e baratas, com o cheiro de gente aglomerada e a poluição de fumaça de cigarro. A Masmorra aloja aqueles que perderam a possibilidade de conviver com os companheiros. Mesmo dali, aceita ser transferido para outro pavilhão, pois o instinto de conservação da vida fala mais alto. Há ainda neste pavilhão uma galeria cujas celas são identificadas com um cartão: “DM” = Doentes

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