Resumo do texto “A questão da língua: revisitando Alencar, Machado de Assis e Cercanias”

1515 palavras 7 páginas
Resumo do texto “A questão da língua: revisitando Alencar, Machado de Assis e Cercanias”

No texto “A questão da língua: revisitando Alencar, Machado de Assis e Cercanias”, o autor Carlos Alberto Faraco aborda a questão da distância entre a norma culta e a norma padrão, suas explicações e resultados sobre o assunto. Para tanto Faraco apoia-se em um estudo de Pagotto (1998), que, a partir de uma análise das constituições de 1824 e de 1891, compara as diferenças entre as gramáticas das respectivas épocas, concluindo que as mudanças que se sucederam entre os dois momentos históricos não iam em direção à formação de uma língua mais próxima do falar brasileiro, mas sim rumo ao padrão lusitano. Tentando explicar esse fenômeno, Faraco analisará alguns textos do século XIX.
À primeira vista, poder-se-ia encontrar nas observações de Pagotto um paradoxo: como poderia o governo brasileiro tornar-se independente e, simultaneamente, afirmar no campo idiomático um retrocesso? Essa pergunta é respondida quando atentamos ao desejo da burguesia brasileira em fazer do país uma nação branca e europeizada, buscando, portanto, distanciar os rumos do país dos mestiços e seus respectivos costumes culturais – o que envolveria a maneira de falar o idioma. O desejo da elite brasileira era, portanto, romper os laços que as amarravam aos portugueses, porém, sem a eles deixar de se assemelhar. Faraco, então, nos apresenta uma discussão na qual João Francisco Lisboa faz uma comparação entre as relações Brasil-Portugal e pai-filho. Seu argumento é de que assim como um filho tem elementos que remetem ao pai, o Brasil tinha ainda elementos em relação a Portugal, sem que isso ferisse nossa independência. Esse diálogo evidencia o que as elites identificavam como essencial à cultura brasileira. Quanto ao falar da época, é possível identificar duas realidades: o português do Brasil era diferente do português europeu; o português falado pela elite era diferente do português do “vulgo”

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