Resumo do livro "violência no campo"

TRABALHO DE GEOGRAFIA
RESUMO DO LIVRO “VIOLÊNCIA NO CAMPO”

A concentração de renda nas mãos de poucos pode ser apontada como uma das causas para a violência no campo. Grandes extensões de terra, com área superior a países da Europa, pertencem a um único dono. As precárias condições do trabalhador rural aproximam-se e, em alguns casos, igualam-se ao trabalho escravo. O mecanismo adotado pelos patrões para criar uma situação de escravidão para o empregado é bastante conhecido. O trabalhador é obrigado a comprar mercadorias necessárias a sua sobrevivência no armazém da fazenda, que pratica preços abusivos. Com isso, contrai uma dívida com o patrão, ficando impossibilitado de deixar a fazenda. Casos de fuga podem resultar no assassinato do empregado, pelos seguranças do fazendeiro. Além disso, o camponês endividado não recebe o pagamento, pois sua dívida é descontada de seu salário. Segundo os organismos internacionais de defesa dos direitos humanos, existiam, em janeiro de 2004, cerca de 200 mil pessoas em regime de trabalho forçado, no Brasil. O camponês está, ainda, sujeito a violência por parte do patrão e seus “capangas”. Um caso revoltante ocorreu em outubro de 1991. Um garoto da apenas oito anos, Valmir Rodrigues de Souza, foi assassinado a socos por seu patrão, porque o carro de boi conduzido por ele encalhou. Além disso, o trabalhador rural é freqüentemente vítima da violência policial. Com o aval do judiciário, a polícia espanca e mata trabalhadores que se rebelam contra seus patrões. Algumas imagens dessas carnificinas que chegam à população através da mídia chocam a opinião pública. Os cidadãos, indignados cobram atitude do judiciário, desconhecendo que as ações da polícia são previamente autorizadas pelos juízes. Existem poucos fiscais do trabalho, se comparado a extensão territorial. Além disso, esses funcionários estão também expostos à violência, sendo ameaçados e até assassinados ao tentarem inibir as práticas desumanas dos