Resumo da relação Estado x Mercado Brasil séc XX

Dimensão 1 : Diante do contexto trazido pelo estudo compreende-se que a relação entre Estado e Mercado na Europa e no Brasil durante o século XX, se dá de maneira ideologicamente política. Embora o mercado defendia-se autoregulável em outros séculos, hoje percebe-se que o capitalismo triunfou no momento quando se identifica com o Estado, ou seja, quando coloca o Estado a seu serviço e a burguesia assume a hegemonia do poder político. Infelizmente a constituição do Welfare State, sobretudo na Europa ocidental e mais tarde com seus resquícios no Brasil, foram concessões feitas pelo próprio capital como, por exemplo, em relação ao trabalho, na necessidade de expandir o mercado consumidor, mas também refrear, disciplinar as lutas políticas comandadas pelos partidos de esquerda e as lutas sindicais que pudessem alimentar o movimento comunista. Em alguns países onde a ameaça comunista e as lutas políticas e sindicais eram menores, as concessões não atingiram a escala alcançada na Europa Ocidental como, por exemplo, nos Estados Unidos em que a maior motivação para o estabelecimento de concessões do capital em relação ao trabalho resultava, sobretudo da necessidade de incorporar os trabalhadores ao mercado consumidor de bens e serviços. Em outros países, como o Brasil, a intensificação do Welfare State não ocorreu devido à fraqueza dos partidos de esquerda e do movimento sindical que só passaram a se constituir em ameaça para as classes dominantes. Em 1964, por exemplo, ao invés de concessões do capital em relação ao trabalho com a adoção do Welfare State, implantou-se uma ditadura militar que se perpetuou até 1985. Outro fator importante que não se pode desconsiderar é que o Brasil sempre esteve dependente de capitais e tecnologia externa para se desenvolver, desde a República até o presente, ou seja, dependência em relação aos países líderes do capitalismo mundial, sobretudo dos Estados Unidos. Dessa forma os paises desenvolvidos ditam as regras para os paises em