Resumo Acad Mico Metodologia

FUZA, Ângela Francine; OHUSCHI, Márcia Cristina Greco; MENEGASSE, Renilson José. Concepções de linguagem e o ensino da leitura em língua materna. Linguagem & Ensino. Pelotas, v.12, n.2, p. 473-501, jul/dez. 2011.

Em artigo científico, Fuza, Oruschi e Menegasse, apresentam uma reflexão teórica acerca das concepções de linguagem, demonstrando as concepções de leitura a elas atreladas, exemplificadas com atividades de livros didáticos que envolvem o trabalho com o ensino da língua materna. (2011, p. 480).
Os autores afirmam que diante dos aspectos expostos sobre a concepção de linguagem como expressão do pensamento, verificamos que a aprendizagem da teoria gramatical é a garantia para se alcançar o domínio das linguagens (oral e escrita), sendo a leitura uma forma para exteriorizar o pensamento, avaliando-se o sujeito pela sua capacidade de expressar-se oralmente. (2011, p. 485). Na segunda concepção, linguagem como instrumento de comunicação, a língua ‘é vista como um código, ou seja, um conjunto de signos que se combinam segundo regras e que é capaz de transmitir uma mensagem, informações de um emissor a um receptor. (Travaglia, 1996, p. 22) (2011,p. 485)

A terceira concepção de linguagem, desenvolvida no Círculo de Bakhtin, defende que o lócus da linguagem é a interação. Assim, os sujeitos são vistos como agentes sociais, pois é por meio de diálogos entre os indivíduos que ocorrem as trocas de experiências e conhecimentos (2011, p. 489) Nesta concepção, a preocupação básica do ensino da língua materna é levar o aluno não apenas ao conhecimento da gramática de sua língua, mas, sobretudo, ao desenvolvimento da capacidade de refletir, de maneira crítica, sobre o mundo que o cerca e, em especial, sobre a utilização da língua como instrumento de interação social. (2011, p. 490)
Logo, verificamos que, ao considerar a linguagem como um processo dialógico, precisamos nos remeter aos gêneros discursivos, tendo em vista que as esferas da comunicação exigem a escolha dos