Resumo 3 cap IED

CIÊNCIA DOGMÁTICA DO DIREITO E SEU ESTATUTO TEÓRICO

3.1 DOGMÁTICA E TECNOLOGICA
O jurista concebe seu saber na forma preponderante de uma ciência dogmática, no entanto, este saber [saber jurídico] é mais amplo que um escrito dogmático.
No séc. XIX e até meados deste, prevalece a idéia de que o direito-ciência é constituído de teoria sobre os ordenamentos jurídicos vigentes e suas exigências práticas. Devido tal concepção, havia e há a idéia de que o direito-objeto deste conhecimento é basicamente um fenômeno de disciplina social sob a forma repressiva e punitiva; a importância do direito como expressão do proibido e do obrigatório entre a sociedade e o Estado. Nessa visão, o Estado assume a função de garantir a ordem publica e o direito. Já o jurista deve sistematizar e interpretar as normas, instituições e etc.
Na modernidade, o Estado assumiu papel também produtor de serviços de consumo social,regulamentador de economia e produtor de mercadorias. Este tornou-se um mecanismo de controle premunitivo: em vez disciplinar e determinar sanções em caso de indisciplina, dá maior ênfase a normas de organização, de condicionamentos que antecipam o comportamentos desejados, sem atribuir o caráter de punidor. Portanto, nessa circunstância, o jurista, além de sistematizador e intérprete, passa a ser também um teórico de aconselhamento, das opções e das oportunidades.
O saber jurídico foi tento seu estatuto teórico alterado. De saber eminentemente ético, no termos de prudência romana, foi atingindo as formas próximas do que se poderia chamar hoje de saber tecnológico.
A ciência dogmática do direito é uma sistematização do ordenamento e sua interpretação, suas “teorias” são chamadas, no conjunto, de “doutrina”, são antes complexos argumentativos, e não teoria no sentido zetético (conjunto de termos observáveis e não observáveis, ex: elétron).
As proposições doutrinárias tomam as três formas seguintes:
1. De orientações: recurso de classificação, esquemas e