Ressenha do filme professora sem classe

Apreciamos a iniciativa da professora em usar o filme “Professora sem Classe” para nos mostrar o que acontece em uma sala de aula quando há falta de compromisso do professor com o projeto político pedagógico da escola e com o aluno e tudo aquilo que o cerca dentro e fora da escola.
O filme retrata uma escola pública americana, com metodologia de ensino aparente-mente tradicional, bem como são suas salas de aula, com carteiras enfileiradas, quadro negro e mesa do professor.
O grupo de professores é bastante heterogêneo, como igualmente vemos nas escolas em geral. Há professores mais tímidos, há a professora que é compreensiva e que tenta prender a atenção dos alunos de qualquer jeito e a professora Elizabeth Halsey, que diz que só escolheu esta profissão porque trabalha poucas horas por dia e tem a oportunida-de de tirar férias durante o verão. Em nenhum momento ela se preocupa com os alunos. Vemos nela uma profissional totalmente sem didática. Mesmo nos momentos que tenta ajudar seus alunos, ela sempre apela para o lado do erotismo, da sexualidade. Observa-mos que Elizabeth usa de seu autoritarismo para aplicar suas aulas, nunca dá a seus alu-nos a oportunidade da fala, e usa sempre o mesmo recurso: a exibição de vídeos. Suas aulas são monótonas e não se estabelece uma relação afetiva entre ela e os alunos.
Aparentemente os professores mantêm um bom relacionamento entre si. Entretanto, Elizabeth não tem interesse em se relacionar com nenhum outro professor ou com nada referente à escola, a menos que envolva dinheiro ou a participação conjunta com o pro-fessor de matemática substituto Scott Delacorte, um “esquisitão” muito rico a quem ela quer conquistar simplesmente por dinheiro. Mesmo quando ele assume um romance com a professora Amy Squirrell, Elizabeth não mede esforços para separá-los. Ao longo do filme ficam claros os jogos de interesses que rondam algumas relações, inclusive na equipe administrativa com os professores. Devemos salientar como a