Resposta Ao F Rum N Mero 1

Discutimos no decorrer das unidades I e II que atravessamos um período em que o imediatismo na(s) sociedade(s) urbana(s) tende a formar cidadãos pouco reflexivos e com capacidade de absorção dos conhecimentos prejudicada. Nesse sentido, podemos acreditar que o chamado imediatismo é algo ligado diretamente à modernização dos meios de comunicação? Posicione-se criticamente diante da indagação.

É inegável que a modernização dos meios de comunicação trouxe inúmeros avanços. A facilidade de comunicação entre grandes distâncias (uma correspondência a algumas décadas demorava dias para atingir seu destino), a notícia sendo transmitida ao vivo ou chegando rapidamente aos interlocutores, pesquisas que antes demandavam horas em bibliotecas agora são feitas em poucos minutos graças a internet e outras tantas facilidades que o desenvolvimento tecnológico agregou em nossas vidas. Como efeito colateral, acredito que de forma inegável, temos o consumo desenfreado e o imediatismo. A todo minuto o cidadão é bombardeado por publicidade dos mais diversos tipos, sendo bastante raro hoje em dia um site, independente do conteúdo do mesmo, que não contenha alguma forma de propaganda pulsante e atrativa tentando leva-lo ao consumo. Não a um consumo consciente, mas, através da manipulação, da alienação, a um consumo desenfreado. Hoje não se consome mais pela necessidade, e sim pelo status social que determinado produto nos confere. Escolhem-se marcas e não produtos. Entendo o imediatismo também como efeito colateral dessa modernização. O cidadão comum hoje tem muito mais acesso a informação do que a algumas décadas. Com relação aos meios oficiais, como as grandes redes de comunicação, nos vendem uma capa de imparcialidade, mas se analisarmos criticamente veremos que cada uma delas servem a determinados interesses. Sob a roupagem de imparcialidade temos todo um conteúdo ideológico. E ao longo dos últimos anos o cidadão comum foi induzido, para não dizer manipulado, a aceitar essas