Responsabilidade social
Neste capítulo pretende-se realizar o aprofundamento no conceito de Responsabilidade Social e sua evolução, e a possibilidade de utilização destes conceitos como estratégias para o desenvolvimento sustentável das empresas.
1.1 A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL.
Segundo Laville (2009), os primeiros sinais de responsabilidade social empresarial foram baseados em atitudes filantrópicas e de mecenato, desenvolvidos dos anos 1980 até meados dos 1990, que não poderiam ser considerados como responsabilidade social ou ambiental propriamente dita, mas era o início para a evolução do conceito. As empresas perceberam que não obteriam sucesso em um ambiente em deterioração social ou ambiental, e iniciaram o apoio a fundações ou ações filantrópicas através da destinação de parte de seu lucro para este fim. Entretanto, esta iniciativa não mudava em nada o modo como as empresas concebiam seus produtos ofertados, seus negócios e tampouco como os geriam. Essa maneira de se entender a responsabilidade social e ambiental, está diretamente relacionada à sua abordagem clássica apoiada por economistas como Milton Friedman (vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 1976), pois, segundo Ashley (2005) esta vertente dita que a única responsabilidade da empresa é obter lucro, otimizando os recursos organizacionais e aumentando o retorno do capital para os acionistas, e que, além disso, a empresa já é socialmente responsável à medida que gera novos empregos, paga salários justos e impostos, ou seja, contribui para o bem estar público e melhora condições de trabalho. Essa corrente teórica não consegue enxergar benefícios que a prática da responsabilidade social e ambiental pode gerar, pelo contrário, acredita que ao ter qualquer tipo de atitude socialmente responsável, a empresa está obtendo gastos desnecessários desviando assim, o dinheiro que deveria ser revertido em lucro para os acionistas. A