resistencia de insetos a plantas genetificamente modificadas

9093 palavras 37 páginas
RESISTÊNCIA DE INSETOS
Meio ambiente

A PLANTAS GENETICAMENTE MODIFICADAS

Relevância da implantação de estratégias pró-ativas para o manejo da resistência

Samuel Martinelli
Engenheiro Agrônomo, M. S., Doutorando em
Entomologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo smartine@esalq.usp.br Celso Omoto
Engenheiro Agrônomo, M. S., Ph. D., Professor da
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,
Universidade de São Paulo celomoto@esalq.usp.br Imagens cedidas pelos autores

1. Introdução
As plantas geneticamente modificadas (GM) resistentes a insetos foram resultantes da combinação dos conhecimentos e avanços tecnológicos da engenharia genética e da moderna biotecnologia, e podem ser consideradas como uma tática adicional de controle em programas de Manejo Integrado de Pragas
(MIP) em diversos agroecossistemas.
Neste contexto, tem sido crescente a utilização de plantas GM que possuem a inserção de genes que codificam a produção de toxinas com ação inseticida, os quais foram obtidos a partir da bactéria entomopatogênica Bacillus thuringiensis Berliner (Bt). Entretanto, a obtenção de plantas geneticamente modificadas resistentes a insetos também inclui a possibilidade de uso de genes de outras espécies de plantas para produção de lectinas e inibidores de proteinases
(Loc et al. 2002; Ceci et al. 2003), ou ainda a utilização de genes de animais para expressão de neurohormônios (Fitches et al. 2002) e inibidores enzimáticos (Cristeller et al. 2002). Além disso, outras estratégias moleculares alternativas estão sendo direcionadas para o melhor entendimento da base molecular dos mecanismos endógenos de resistência, os quais as plantas manifestam em resposta ao ataque de vários insetos herbívoros (Gatehouse 2002;
Ferry 2004). Entretanto, a aplicação prática atual da biotecnologia de plantas na proteção de cultivos tem se concentrado no uso de plantas GM

resistentes a insetos

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