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Relatório da Palestra: "Gilberto Gaspar- Trovador e contador de “causos”: perspectiva histórica da musica no contexto urbano e rural"
Módulo: Formação do Povo Brasileiro e sua cidadania
Bruno Thales Rahal – 233801
Jornalismo – 3º Semestre – Turma 1 (Manhã)

“Não pises na flor, não pises no amor”. Foi cantando singelo refrão, que Gilberto Gaspar iniciou aula aos alunos e docentes presentes. Ressalte-se que, uma aula totalmente diferente das mais tradicionais. Foi por meio da poesia, das trovas – poemas em quatro versos – e principalmente da música, que Gaspar mostrou um pouco de sua trajetória e origem sertaneja.
Com letras críticas e melodias enternecedoras, o artista vive fora do cenário comercial da arte. Diz que toda sua inspiração “vem de algum lugar, que ele próprio não sabe onde é”. Além disso, transparece sua paixão pelo que faz, por tudo que já viveu.
E relembrando o passado, Gilberto, aos 84, se emociona. Lembra, com precisão, de sua infância simples e da companhia da mãe, fundamental na carreira que seguiu, no amor pelas letras. “Lembro que quando criança, ela cantarolava uns versos enquanto passávamos roupa, e eu repetia mesmo sem saber ler, sem saber o significado daquelas palavras.”
O Contador de causos, que nasceu no interior de Minas Gerais, tem apenas o ensino fundamental como formação. Seu conteúdo provém da sabedoria de vida, das andanças e memórias. E ele busca nos alertar, mesmo que entrelinhas, a uma problemática: o simples parece ter perdido sua força e verdades mais claras, parecem incompreensíveis.
Trilhou seus sentimentos com música, em acordes simples e harmônicos. Aliás, a música já mostrou sua importância política, cultural e educacional na nossa sociedade. Seja no meio rural ou urbano, as letras trazem seu peso, a realidade vivida pelos nativos e servem como crítica, como uma busca pela diminuição da desigualdade, que apresenta índices alarmantes no nosso país.
Em resumo, a aula do Gilberto, com toda sua peculiaridade,