resenha

JOÃO G.S. CITADIN

Dezembro/2013

Introdução:

A obra “Górgias” é formalmente dividida em três atos e um epilogo (fonte: Wikipédia):
1º Ato: A discussão de Górgias: a retórica segundo os sofistas e a refutação de Sócrates;
2º Ato: A discussão com Polo: a natureza da retórica segundo Sócrates, o seu poder de utilidade;
3º Ato: A discussão com Cálicles: a justiça como o triunfo da força ou a justiça como triunfo da razão;
Epílogo: A exposição de Sócrates acerca do género de vida que devemos adotar.
É minha intenção neste trabalho, em primeiro lugar, reunir a opinião de cada personagem; retirar de passagens do texto aquilo que é nada mais e nada menos a opinião de cada uma das personagens acerca da retórica e da justiça, na tentativa de traçar o perfil do pensamento de cada um deles.
Feito isso, tentarei expor de maneira lógica, bem concatenada, como Sócrates induz as outras personagens a aderir à sua opinião, não tendo outra escolha a não ser a contradição.
Desenvolvimento:

1-Refutação ao Górgias.
No primeiro ato, depois de todos apresentados, começa o diálogo entre Górgias e Sócrates, ao que Sócrates pede:

“Diz agora da mesma maneira qual é a arte de Górgias e como devemos designá-lo. Ou antes, Górgias, diz-nos tu próprio como devemos chamar-te em função da arte que exerces.”(449 a)

Górgias responde que sua arte é a retórica, e essa é a arte dos discursos. Não satisfeito, Sócrates continua a interrogar sobre a especialidade de Górgias, o objeto de tal arte, querendo sempre uma definição mais precisa sobre o que se trata a retórica. E, continuando, Górgias define o seguinte sobre a retórica:

1-o objeto da retórica são as maiores e as melhores das coisas humanas (451 d)
2- a maior e a melhor das coisas para o homem é a capacidade de persuadir os juízes no tribunal, os senadores no conselho, o povo na assembleia, enfim, os participantes de qualquer espécie de reunião política. (452 d)
3-