resenha

PARE E PENSE: E VEJA O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO!

Patrícia Ferreira Couto ( Turma A )

O capiíulo “Desligando o motor” do livro, questiona a noção de “falta de educação”, usada para todo comportamento desagradável que aconte no trânsito. Temos comportamento quase oposto em casa e fora. Se você faz ultrapassagem agressiva, depois vê que a pessoa no outro carro é um amigo, você muda radicalmente de comportamento. Se você abre a janela e coloca a mão para fora ou buzina, estabelecendo uma relação pessoal, pedindo um favor, uma deferência, para alguém deixar entrar na frente, a pessoa deixa com um sorriso. O impessoal é que incomoda. O impessoal, lamentavelmente, é a marca da modernidade. Precisava-se disciplinar o movimento das pessoas, introduzindo ordem. Há autoritarismo superlativo nas regras de trânsito: quando aparece sinal de “Pare“, deve-se parar, simplesmente. Não tem alternativa. Isso é algo que o brasileiro ainda não é ciente. O binarismo não chegou à vida social brasileira. Ela se faz no “mais ou menos”, que é o que se aprende em casa. Uma das características do brasileiro, é a emergência daquilo que está recalcado: o “sabe com quem está falando?“, isto é, a hierarquia. Não resistimos a todas as regras, e esse é o ponto teórico fundamental para DaMatta. As regras da lealdade pessoal são seguidas à risca. À regra da família, dos amigos, do compadrio, nós obedecemos rigorosamente. Mas não conseguimos obedecer à regra impessoal, que constitui o espaço público, no Brasil e no mundo, e é estruturante no trânsito, principalmente no trânsito.
Quando não tem a separação entre os pedestres, os automóveis e os ciclistas, isto é, faixas, sinais, placas, não há circulação de motores a explosão em qualquer cidade do mundo. Precisa haver sistema cujo entendimento está acima das motivações pessoais, para que seja coordenado e funcione. Se temos veículos de alta velocidade e grande poder de destruição, como é o caso do motor a explosão, a situação é