Resenha o De Mgistreo

1241 palavras 5 páginas
INTRODUÇÃO

Agostinho vivia atormentado por conflitos intelectuais e existenciais, um dos motivos foi ter sido obrigado a abrir mão da mulher amada, por questões sociais. Até então, ausente de qualquer tipo de crença buscava métodos filosóficos que lhe pareciam mais perto da verdade, sem ser fiel a um único sistema. Começou a frequentar a Academia Platônica, tornando-se adepto ao neoplatonismo onde adquiriu conhecimentos para sua futura contribuição para com a igreja católica em fixar uma verdade racional estável.
Em agosto de 386 d.C., através das palavras do apóstolo Paulo, Agostinho se converte ao cristianismo, recebe o sacramento do batismo e volta para África, sua terra natal. Em Tagaste se dedica totalmente a Deus, vivendo em orações e jejuando, onde escreveu suas obras, entre elas O De Magistro, a qual será abordada neste trabalho. As obras do Santo serviram como âncoras para ideias de futuros pensadores, como Santo Tomás de Aquino.
Ao contrário dos Escolásticos que se preocupavam com padrões em busca de perfeição e em informar suas referências, O De Magistro de Santo Agostinho, apresenta-se como uma obra despreocupada em seguir padrões “matemáticos” para sua estrutura interna, o que resulta em um texto mais solto. Tal característica não compromete em nada o seu valor, apenas exige uma leitura minuciosa para entender o que é proposto pelo autor.
O De Magistro se trata de um diálogo entre Santo Agostinho e seu filho Adeodato. A obra foi escrita após a morte de Adeodato e nos revela a preocupação que Santo Agostinho tinha pela educação de seu filho, e comoção por seus talentos. Para ensinar seu filho Santo Agostinho lança mão de seus conhecimentos adquiridos como professor em Roma. Investiga junto com seu filho a importância da fala para aprendemos, ou seja, se questiona qual seria sua finalidade.
Apesar da existência de outras literaturas que abordavam métodos pedagógicos contemporâneos a Santo Agostinho, incluindo até mesmo outras obras do

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