Resenha o Campo Cientifico
Nesse texto o autor, PierreBourdieu nos traz que a ciência não consegue no seu total a pureza e a neutralidade que deveria existir pelo fato de os autores estão fazendo do campo científico um espaço de interesses e de poder, deixando de ser uma concorrência de ideias e passando a ser um espaço de prestígios. Os cientistas não se filiam a uma instituição simplesmente a fim de pesquisar e contribuir para a ciência, é uma questão também política e “nome” de uma determinada instituição: “Se aquela possui mais fama é lá que atrai os cientistas”.
Há a construção de uma definição dominante de ciência que se torna prerrogativa daquele grupo que consegue impor aos demais um determinado “paradigma”: a forma “correta” de se fazer ciência consistiria em se aproximar o máximo possível deste padrão específico. Sendo assim, o campo científico pode ser comparado a um “campo de batalha” que emprega meios próprios e que irá construir uma história de vencedores e perdedores. A autoridade científica se converte em uma espécie muito particular de capital social. O campo científico possui uma estrutura que inventa uma série de hierarquizações baseadas no capital social e simbólico alcançado ao longo de uma carreira, fazendo com que a escolha de certo tema ou método de pesquisa se compare a um investimento capaz de proporcionar um “lucro simbólico” àqueles que alcançam prestígio e reconhecimento em determinada área de conhecimento. Essa batalha ocorre entre duas estratégias: a primeira que já detém a fama e impõe como deve ser feito de acordo com os seus interesses e atraem novos pesquisadores que mantém as suas formas de pensar e agir para uma sucessão posterior limitando os avanços científicos. A outra estratégia mostra uma “revolta” e através de uma ruptura com os padrões tenta modificar o sistema.
Na disputa pela autoridade cientifica – subespécie do capital social – percebe-se que quanto mais autonomia um pesquisador obter no campo, maior a chance de