Resenha - A versão da antropofagia

Resenha: A versão da Antropofagia A Antropofagia trata-se de um ciclo iniciado no segundo momento modernista por intelectuais liderados por Oswald de Andrade, esse movimento era relacionado à crença na existência de uma realidade nacional subjacente que é preciso atingir. Segundo Raul Bopp a Antropofagia apresenta três fases: primeira dentição da Revista de Antropofagia; segunda dentição, que tinha conteúdo mais incisivo em seus propósitos, era suplemento semanal do Diário de São Paulo e o terceiro ciclo corresponde á preparação para um “Congresso Mundial De Antropofagia” que nunca se realizou, dessa não se conhece a obra de fato produzida, apenas o programa mais geral através das informações de Bopp. Considerando então os textos da primeira e segunda dentição temos no primeiro número da Revista da Antropofagia os textos “Manifesto” de Oswald de Andrade e “A Descida Antropophaga” de Oswaldo Costa, esses textos fornecem uma visão geral do movimento, que visava fazer uma revisão do retrato amplo do país e apresentar uma perspectiva nova. Nesses textos temos duas ideias que devem ser consideradas, o nacionalismo exacerbado que rejeita nossos quatro séculos de tradição servil ao europeu e a proposta do saber por contato intuitivo como o mundo, ao nível da problemática de apreensão da realidade. O instinto antropofágico, por um lado, como violência desempenhando papel fundamental, destrói por deglutição, elementos da cultura importada, por outro assegura a sua manutenção em nossa realidade, através de um processo de transformação/absorção de certos elementos alienígenas. O instinto antropofágico também é caracterizado por determinados estados de alma, alegria, felicidade, acompanham sempre a experiência antropofágica e opõem-se aos estados de espíritos tediosos das formas de experiências falsas e importadas. Os números subsequentes da Revista da Antropofagia não contém nada de relevante para análise com velocidade lentíssima a cada número. No quinto exemplar que