resenha "A Ilha"

Cada vez mais real e menos utópico, a ciência vem criando expectativas a cerca de assuntos polêmicos como a clonagem humana, que por sua vez é retratada no filme “The island” que foi lançado no ano de 2005. O filme relata a história de pessoas que vivem em um complexo, no ano de 2019, onde são manipuladas a acreditar que sobreviveram a um ataque de um vírus mortal e que existe uma ilha onde a contaminação não chegou. Essas pessoas têm a esperança de serem sorteadas em uma espécie de loteria que seleciona aqueles que poderão sair daquele confinamento e povoar a ilha. Lincom-Six-Echo, umas das pessoas que vivem neste complexo, acha um inseto que o faz acreditar que existe um mundo lá fora sem contaminação, caso contrário o inseto não sobreviveria. Ele vai atrás da verdade e sabendo que Jordan–Two-Delta, uma amiga, é sorteada, leva ela consigo e juntos descobrem que são apólices de seguro, ou seja, foram clonados para poderem salvar as vidas dos “originais”, como um transplante de órgão, por exemplo. Além da discussão da clonagem humana, o filme relata outras questões éticas como o assassinato de uma mãe após um parto, onde seu bebê é vendido para um casal que não podia o ter; procedimentos invasivos na criação de uma memória inexistente (manipulada) dos clones, inibição de seus instintos naturais como o sexo, ausência de livre arbítrio. Do ponto de vista ético, entra nessa tomada de decisão questões religiosas, humanas, financeiras, sociais, dentre outras. É necessário ter um clone idêntico geneticamente pra poder sobreviver? É correto matar uma pessoa, apesar de ter sido criada em laboratório, para privilegiar outra que pagou para ter benefícios de saúde? Minha opinião é reta e clara: Não. Há uma perspectiva mais atual a cerca da clonagem que seria a clonagem terapêutica, onde não mataria ninguém para conseguir a cura de uma determinada doença, não se enfrentaria filas enormes nos bancos de transplantes atrás de algo incerto podendo morrer a qualquer