Resenha vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos
ESCOLA DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
CAMPUS GUARULHOS
Renata Geraissati Castro de Almeida
Resenha do texto Vendo Vozes
GUARULHOS
2013
O AUTOR OLIVER SACKS – NEUROLOGISTA E BIÓLOGO- NO PRIMEIRO CAPÍTULO DE SUA OBRA VENDO VOZES: UMA VIAGEM AO MUNDO DOS SURDOS[1] INICIA SUA ARGUMENTAÇÃO REALIZANDO UMA PROVOCAÇÃO AO LEITOR, PROPONDO QUE ATUALMENTE SOMOS MUITO MAIS IGNORANTES COM RELAÇÃO À SURDEZ DO QUE FOMOS DURANTE 1786 A 1886 E EXPLICARÁ O PORQUÊ DESTA AFIRMATIVA NAS LINHAS SEGUINTES. Antes disso o autor irá explicar qual é seu recorte, pontuando que o termo “surdo” é vago e designa uma série de variações de graus de dificuldade para ouvir, sendo que estas variedades influenciam como será a inserção do surdo no mundo da língua[2]. O autor irá se focar em um grupo específico de surdos, os que são congênitos, isso é que se encontram em uma fase pré-linguística e que nunca adquiriram a língua, condição diferente do caso narrado de David Wright, que ficou surdo após os sete anos e pôde aprender a língua. O impacto que é nascer surdo e as dificuldades geradas por este fator também são abordados. Sacks discute o grau de importância que a linguagem possuí na vida dos seres humanos e que às vezes a valorizamos o quanto deveríamos. Para ele a linguagem é o meio pelo qual entramos em uma cultura e adquirimos cidadania, sendo o modo com o qual trocamos informações[3], a linguagem possuí uma relação estreita com o pensamento. Algumas páginas adiante será narrada a história de Pierre Desloges, o primeiro surdo-mudo a publicar um livro, este testemunha que no começo de sua enfermidade - antes de conhecer a língua de sinais - vivia isolado das outras pessoas, pois não conseguia transmitir ideias lógicas, porém após ser introduzido nesta linguagem conseguiu ampliar sua compreensão e se tornar extremamente inteligente. Isto ocorre nas palavras de