Resenha Tiros em Columbine

Tiros em Columbine (2003) do diretor Michael Moore é um documentário que busca desvendar o motivo da fascinação dos americanos por armas de fogo e a crescente violência que os cerca fazendo uma análise política, histórica e cultural. Para isso, o diretor foca em um acontecimento especifico, o massacre no colégio Columbine em abril de 1999. Utiliza de imagens, entrevistas, áudios, vídeos e sequencias brilhantes como a animação Uma Breve História da América e a montagem que mostra a intervenção norte-americana em vários países para sustentar seus argumentos. Moore começa o documentário mostrando justamente a facilidade de se conseguir armas e munições simplesmente abrindo uma conta especial em um banco. Além disso inclui um trecho de uma apresentação onde o comediante Chris Rock diz que se as balas fossem mais caras, menos morreriam.

Ao longo do filme possíveis explicações para a violência no país são dadas e dentre elas estão a facilidade na compra de armas, desemprego, um passado cheio de guerras, vídeo games, filmes e até mesmo o cantor Marilyn Manson. Sendo assim, Moore tenta provar ou negar tais teorias conversando com pessoas, visitando lugares (Canada) ou utilizando de imagens.

Em sua visita ao Canada (um dos países com menor índice de violência no mundo) Moore nos leva ao subúrbio, mostra como as diferente pessoas são tratadas no país, vemos pessoas tendo contado direto com jogos e filmes violentos, a também possível aquisição de armas de fogo, etc. No entanto, o fato mais curioso é quando nos deparamos com o tipo de notícia as quais os canadenses são submetidos ou preferem assistir, não há tanta violência e sangue nos telejornais, diferentemente dos EUA. Além disso, vemos o prefeito dizer que eles estão mais preocupados com a educação, saúde e qualidade de vida das pessoas e em contra posição temos Bush dizendo que a prioridade é a guerra. Aplica-se a visão de autoritarismo estrutural proposta por Marilena Chauí no texto “Ética