Resenha sobre o texto: Apogeu e decadência da cafeicultura fluminense (1860 – 1930)
VIEIRA, Wilson. Apogeu e decadência da cafeicultura fluminense (1860 – 1930). Campinas, SP, 2000.
Objetivo do autor: Analisar o apogeu e a crise da cafeicultura fluminense, discutir as questões que surgiram devido a uma polêmica da historiografia.
Vieira destaca inicialmente as três correntes que geraram uma polêmica na historiografia da cafeicultura fluminense.
“ I. Autores que defendem que a cafeicultura do Vale do Paraíba levou o Rio de Janeiro a um retrocesso relativo industrial, além da decadência da agricultura fluminense. II. Autores que sustentam que a decadência da cafeicultura fluminense não trouxe reflexos diretos à industria do Rio de Janeiro , apresentando um quadro de extraordinário crescimento no final do século passado [...].
III. Autores que sustentam [...] a ideia de que as funções mercantis e governamentais que a cidade do Rio de Janeiro exercia, tiveram peso no seu desenvolvimento industrial. [...] O desenvolvimento industrial carioca [...] não foi diretamente dependente da atividade cafeeira” (p.6).
Tomando como ponto de partida essa polêmica, o autor pretende então, analisar o apogeu e a crise da cafeicultura fluminense, defendendo a posição da primeira corrente de autores, e discutir as seguintes questões:
I. “Colapso da cafeicultura: como repercutiu na economia urbano-industrial da região?” (p.7).
II. “Examinadas as condições do momento e da região, cabe indagar quais alternativas poderiam ser utilizadas pelo Estado ou pelos empresários para salvar a cafeicultura” (p.7).
III. “O que aconteceu com essa agricultura?” (p.7).
Expansão da cafeicultura e sua crise (1850-1889)
Antecedentes históricos (1800-1850) “[...] Com o amadurecimento da 1ª revolução industrial, o centro da economia mundial exigiu a liquidação