Resenha: schier r. a. trajetórias do conceito de paisagem na geografia. curitiba, n. 7, p. 79-85, 2003. editora ufpr.

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RESENHA:
SCHIER R. A. Trajetórias do Conceito de Paisagem na Geografia. Curitiba, n. 7, p. 79-85, 2003. Editora UFPR.

As idéias do texto resultam da discussão de debates coletivos e da produção da Geografia enquanto Geografia Física. A idéia principal é discutir sobre a fragilização deste ramo, por conta da hegemonia do método positivista. Com a emergência da questão ambiental, a preocupação é refletir sobre o (re)encontro da Geografia Física com a Geografia Humana. Schier discute as diferentes interpretações da paisagem ao longo dos séculos XIX e XX, fundamentadas, muitas vezes, em tendências nacionalistas e regionalistas, sendo também influenciadas pelo neopositivismo e pela metodologia quantitativa. Atualmente, o que influencia são as questões culturais e ambientais. Sauer é citado no texto, quando divide a paisagem em dois momentos: antes da ação antrópica – natural, e depois – cultural. Ainda, Claval teoriza sobre a modificação da paisagem por diferentes culturas, sendo a paisagem uma representação delas. Ratzel e La Blache influenciaram a percepção positivista da paisagem na medida em que ela possibilitou modificar o ambiente, através de uma relação dialética entre ordem e progresso. O que movimenta esse processo é o espírito do homem (Ratzel) e a capacidade de inovação (La Blache). Para quantificar estatisticamente, via empirismo, as diferenças espaciais, utilizou-se das comparações regionais, permitindo resumir as complexas relações entre pesquisas físicas e humanas. Assim, a partir dos anos 60, o termo “região” substitui, sob influência de Hartshorne, quase totalmente o termo “paisagem”, principalmente na América do Norte. Na geografia crítica há uma evolução no entendimento por paisagem na Geografia Humana, a partir dos anos 70. No entanto, na Geografia Física, ela continua sendo entendida como um sistema ecológico. A paisagem aparece como um lugar simbólico, tornando-se importante apenas para compor e harmonizar o mundo. Ela se faz

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