Resenha revolução dos Bichos

Os textos “O Poder nas Organizações” de Robert Henry e “ A Instituição da Violência nas relações de Trabalho” de José Henrique de Faria e Francis Kanashiro abordam as relações sociais que articulam o agente coletivo, tais como as relações de produção, de poder e de saber. Neles ainda são discutidos o trabalho como transformador da natureza , a necessidade de um mecanismo de controle e repressão para que haja uma disciplina mínima na sua realização, e o mando como ferramenta autoritária.
Portanto o filme “A Revolução dos Bichos” de John Stephenson é uma ilustração clara dessas obras.
Nos textos os autores falam das organizações humanas, tanto do trabalho quanto das práticas sociais, e no filme o autor faz exatamente um paradoxo de uma organização animal com as organizações humanas. No filme os animais falam uns com os outros, são dotados da capacidade de organização, produção, controle e alguns ainda são capazes de administrar e liderar o restante. O filme se passa em uma fazenda onde os animais e suas forças de trabalho são muito explorados, e nem um pouco reconhecidos. Certo dia, Major, um porco velho, cheio de sabedoria e espírito de liderança, cansado de presenciar negligências e maus tratos contra os animais da fazenda, resolve reunir todos os animais no celeiro e propor uma revolução para reivindicar os direitos dos animais. Queria defender a liberdade e a igualdade para eles. O barulho gerado pela reunião no celeiro assusta Sr. Jones, o dono da fazenda, que sai para o quintal com uma arma e acaba disparando um tiro acidental que acerta e mata o porco Major. Mesmo com a morte do líder, os animais continuam decididos a lutar por seus direitos e aguardam a hora certa para entrarem em ação. Determinado dia, Sr. Jones não alimenta os animais. Famintos e cansados desse tipo de tratamento se revoltam e começam a revolução. Os animais se soltam e colocam os donos da fazenda para fora do local. No início tudo correu bem, os animais seguiam as regras