Resenha - Relatório Lugano
O texto de Susan George, o Relatório Lugano, faz uma leitura de como um sistema, de modo particular o capitalismo, se impõe a partir do interesse de alguns poucos “líderes” que têm o objetivo de implantar uma economia livre e globalizada. Com um fundo de verdade, a autora, fantasia uma situação em que um grupo de pessoas são delegados a desenvolver um plano para que se efetive a proposta de implementação de um sistema neoliberal. O resultado seria um relatório, produzido na cidade de Lugano, que seria fornecido a determinados chefes de Estado, líderes empresariais e do mundo financeiro, ou seja, pessoas capazes de difundir a nova ideologia.
O resultado dos trabalhos desta comissão delegada seria a imposição de princípios “morais” que as gerações, doravante, seriam obrigadas a concordar (p. 21). Seu título (do relatório) original seria: Manutenção do Capitalismo no Século XXI
O Relatório Lugano tem um só objetivo, elaborar um plano, uma forma de manter vivo o capitalismo a partir do livre comércio, tendo como consequência a globalização. São variados os aspectos trabalhados, mas gostaria de abordar técnica e especificamente uma das variadas problemáticas que os autores do Relatório Lugano apresenta: O meio ambiente como obstáculo aos planos de globalização. Pense-o da forma como achar melhor: meio ambiente, recursos naturais, natureza. Não importa. Eis a matéria prima para qualquer prática de avanço para a humanidade e para o acúmulo de riquezas. E o relatório em análise abordará de forma negativa razoavelmente a temática, mas com um princípio de cuidado. Contraditório, não? Sim, mas é exatamente a partir da preocupação com os recursos naturais e a degradação do meio ambiente é que começa a surgir um princípio de responsabilidade social, ainda que forçadamente. Olhando o ponto de vista dos autores, poderíamos até mesmo substituir a expressão