Resenha - refugiados da conservacao, mark dowie

RESENHA
REFUGIADOS DA CONSERVAÇÃO - MARK DOWIE

Os povos Batwa viveram no Sudoeste de Uganda por milhares de anos, em harmonia com a flora e fauna da região.
Nos anos de 1930, três reservas florestais - Maghinga, Echuya e Bwindi - foram criadas em cima do território ancestral dos Batwa, após concervacionistas internacionais convencerem os líderes de Uganda que tal área estava ameaçada pelas atividades extrativistas. Como essas reservas só existiam no papel, serviram para diminuir o extrativismo e os povos permanecerem no local.
Cerca de sessenta anos depois, GEF do Banco Mundial foi responsável por formalizar as reservas em Parques Nacionais. Houveram denúncias de que os Batwa estavam caçando e se alimentando de uma espécie ameaçada de extinção, os gorilas. Mesmo negando veementemente e afirmando ser culpa de outras tribos invasoras, os Batwa foram expulsos dos seus territórios tradicionais pelos concervacionistas ocidentais e estão vivendo em acampamentos medíocres, fora do parques, sem água potável ou esgoto e destinados ao desaparecimento.
As grandes companhias de petróleo, mineração, madeireiras e monocultura são as principais responsáveis pela expulsão dos povos nativos no mundo inteiro. No entanto, poucos deles têm conhecimento de outro motivo importante e mais recente, porém nobre: a conservação da natureza. O número de instituições voltadas a esse propósito, denunciadas por destruir culturas, é espantoso. Tais como: Conservation International (CI), Nature Conservancy (TNC), Fundo Mundial para a Vida Selvagem (WWF) e, até mesmo, a União Mundial para a Conservação.
As Nações Unidas se reuniram, em 2004, para aprovar uma resolução que protege os direitos humanos e territoriais dos povos nativos. Sendo assim, eles não podem ser retirados de suas terras sem seu total consentimento e após um acordo de compensação justa.
Após os delegados do Fórum Internacional de Mapeamentos Indígenas assinarem uma declaração afirmando que as atividades das organizações