Resenha "Memória e Identidade Social" de Michael Pollak

904 palavras 4 páginas
Pollak claramente enfatiza o que irá buscar no texto, um problema da ligação entre memória e identidade social, com destaque para a história oral (histórias de vida). Segundo o autor, a memória parece ser algo tratado intimamente, de cada um. Porém a memória também deve ser buscada como algo coletivo e social, algo construído coletivamente e propício à mudanças. E partindo dessa característica mutável da memória coletiva e individual, não se pode esquecer que quase todas memórias tem marcos invariáveis. Com esse princípio, os elementos que constituem a memória seriam: Primeiro, os acontecimentos vividos pessoalmente. Segundo, os acontecimentos ocorridos de forma indireta, ou seja, aqueles acontecimentos que ocorreram com o grupo/coletividade o qual a pessoa pertence, podendo ser relevante independente do momento histórico. Tal elemento pode ter sido tão marcante para uma região ou grupo, que essa memória pode ser herdada ao longo dos séculos transmitindo ainda uma identificação muito forte. A memória também é constituída por personagens (pessoas), e neste aspecto também é encontrado personagens reais no decorrer da vida. Os que são encontrados indiretamente, por tabela, mas que por motivos específicos se tornaram personagens muito próximos, independente do espaço-tempo. Também existem os lugares da memória, lugares ligados diretamente a lembranças, uma lembrança pessoal, porém pode não ser em um tempo cronológico, como uma breve lembrança da infância em algum lugar, independente da data. Também a lembrança mais pública, com lugares de apoio a memória, chamados “lugares de comemoração”. Como exemplo, Pollak cita Monumentos aos mortos, que podem servir como uma relembrança vivida realmente ou de um momento vivido por tabela, citando o caso da Segunda Guerra Mundial para viventes da geração dele na Europa.

Relacionados