Resenha - linguagem e persuasão

Resenha
Linguagem e Persuasão
Citelli, Adilson. Linguagem e Persuasão. 16a ed. Editora Ática, 2005, S. Paulo. Linguagem e Persuasão coloca, desde o início que, apesar da existência de diferentes graus de persuasão, e das tentativas de se dissimular o discurso persuasivo, é praticamente impossível dissociarmos o discurso da persuasão, excetuando-se talvez, a arte, algumas manifestações literárias, jogos verbais e um ou outro texto lúdico. As raízes clássicas da persuasão estão fincadas na antiga Grécia, onde, devido à preocupação com a estruturação do discurso na época, criaram-se nas escolas, disciplinas específicas que ensinavam a arte de dominar as palavras com eloqüência, conteúdo gramatical e retórica, sendo esta última responsável pela harmonia e o convencimento. Esta preocupação deveria ser uma constante nos dias de hoje, pois, em muitos momentos, nota-se a falta de uma maior capacitação dos diversos profissionais na elaboração dos discursos. Segundo Oswald Ducrot e Tzvetan Todorov, “o aparecimento da retórica como disciplina específica é o primeiro testemunho, na tradição ocidental, duma reflexão sobre a linguagem. Começa-se a estudar a linguagem não enquanto “língua” mas enquanto “discurso””. Em virtude da própria característica do Estado Grego, onde o poder muitas vezes era exercido via palavra, surgiram vários pensadores que escreveram sobre o assunto, contudo, foi Aristóteles (384 – 322 a.C.) em Arte Retórica quem melhor sintetizou as visões em torno do estudo retórico, permanecendo como referência até os dias de hoje. Nesta obra, Aristóteles revela algumas regras básicas do discurso persuasivo: o exórdio (introdução), a narração (assunto), as provas (fator de credibilidade) e a peroração (conclusão). A retórica, dentro do discurso persuasivo não tem como objetivo saber se algo é ou não verdadeiro, mas sim, buscar a aceitação das idéias, dos conceitos e dos valores que são colocados para os receptores. A retórica moderna, onde o raciocínio expositivo e