Resenha "Intervenções em Centros Urbanos"

A obra “Intervenções em Centros Urbanos” (pela Editora Manole, 2006/2009, edição 2), escrito por Heliana Comin Vargas e Ana Luisa Howard de Castilho, discute as intervenções que vêm acontecendo no mundo desde os anos de 1950. Nele, as autoras analisam as estratégias e avalia os resultados destas intervenções ocorridas. Também, apresentam alguns projetos realizados em certas capitais brasileiras (por exemplo, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre). Nesta resenha, porém, será contemplado o capítulo número um desta obra, o qual é intitulado “Intervenções em Centros Urbanos: objetivos, estratégias e resultados” (pág. 1-51).
Este capítulo, então, discorre sobre o centro das cidades, onde ocorrem as mais diversas atividades comerciárias e de serviços do município. Porém, essas atividades podem ultrapassar os limites territoriais definidos, criando dessa maneira os subcentros. Essas expansões dos centros desencadearam a degradação dos “originais” centros. Tal situação já vinha ocorrendo desde a década de cinquenta na Europa e América do Norte, mas no Brasil, iniciou-se apenas na década de oitenta, que foi dividido em diversos tipos de centro (como o histórico, financeiro e comercial).
Podemos ver esta situação em São Paulo, por exemplo. Em seu centro histórico são encontrados muitos edifícios públicos deteriorados e abandonados, e suas ruas ficam vazias e sem atividades após o horário comercial. Já os subcentros de São Paulo, encontram-se a Paulista (que exerce papel importante para a área financeira da cidade) e Berrini (importante pelo crescimento imobiliário da cidade de São Paulo).
Com os centros tendo apenas a função de ser um local de trabalho dos municípios, ocorre o fenômeno chamado gentrificação (que afeta uma região ou bairro pela alteração das dinâmicas da composição do local, como novos pontos comerciais e construção de novos edifícios, o que valoriza o local, mas afeta a população de baixa renda), com isso, aparece, também, a necessidade de