Resenha instituições brasileiras

Brasil: “Ame-o ou deixe-o”. A frase de efeito publicitário vem do regime militar, mas seu antagonismo pode ser muito bem aplicado e visto na opinião de muitos brasileiros, até os dias de hoje. As definições do que é o Brasil e seu povo variam das mais extremas, nas conversas de rua, enquanto uns afirmam que sairão do país assim que tiverem a oportunidade, outros dizem que apesar das adversidades, amam esta nação e jamais a deixarão. Entre grandes escritores não é diferente, vamos da definição de Paulo Prado, que os brasileiros são uma mistura que deu errado, à Darcy Ribeiro que exalta tal mistura dizendo que está na verdade é um caldeamento cultural que torna o brasileiro, único.
Na visão extrema negativa de Paulo Prado, um discurso sem esperança é apresentado no qual o brasileiro é uma junção de defeitos, um povo preguiçoso, corrupto, avarento, entre outros. E é claro que apesar de apresentar isso de forma agressiva, o que foi escrito a anos atrás pelo autor se reafirma e persiste no presente. Os pontos negativos do país podem ser vistos dentro da matriz institucional de Douglas North, como as incertezas que regem o modelo. Calotes financeiros, número alto de roubos, corrupção, excesso de violência, impunidade, são exemplos de incertezas que rondam o Brasil e aumentam em muito o custo de transação das atividades do país. Temos sim por causa do “jeitinho brasileiro” instituições ineficientes que não cumprem com sua função de forma plena. E esses pontos sim atrasam o Brasil.
Pelo lado dos otimistas, estes apesar de sair de uma visão extrema, também têm suas razões. O povo brasileiro realmente é um povo alegre, receptivo, caloroso, entre outras qualidades, que já deixou de ser preguiçoso há alguns anos em sua história, onde houve progresso, político, social e econômico. O otimismo, entretanto, deve ser encarado como uma forma de posicionamento, sem fechar os olhos para os problemas sociais do país. Bons pensamentos e positivismo, sem atitudes não passam de vãs