Resenha - idiocracy

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Curso Superior de Tecnologia em Comunicação Institucional – 5º Período Disciplina: Crítica Cultural Professor: Wilton Fred Cardoso de Oliveira Aluna: Rafaela Miyuki Tanaka

A difusão da idiotice

Alertar a sociedade atual com relação ao ritmo desenfreado do processo de emburrecimento da nação, e de seu destino infame caso continue assimilando os tristes acontecimentos do mundo contemporâneo, é a proposta de Mike Judge, em Idiocracia (2006). Trata-se de uma ficção antiutópica na qual o mundo transformouse num local povoado por uma população completamente idiota – incapaz de manifestar pensamentos e ideias –, através do determinismo proposto por Darwin: enquanto pessoas mais esclarecidas optam por suprimir a paternidade por causa de suas carreiras, de seus relacionamentos e preocupações com o futuro incerto da nação, pessoas menos instruídas não chegam a pensar em fatores como esses.... Simplesmente procriam. E, dessa forma, o que surge é um cenário ocasionado por uma seleção natural invertida, na qual a estupidez sobrepõe-se à inteligência, uma vez que nascem muito mais pessoas idiotas do que pessoas competentes. O protagonista, Joe Bauers, é o bibliotecário do exército americano, que não faz nada além de assistir à TV durante seu turno. Tudo nele é mediocremente comum, desde suas competências físicas até seu quociente de inteligência. Por esse motivo, é recrutado para ser cobaia de uma experiência de criogenização do governo, prevista para durar um ano. Devido às desventuras que acometem o responsável pelo projeto, a experiência é esquecida e o caixão refrigerado no qual Bauer se encontra fica perdido em meio ao lixo da cidade e abre-se somente 500 anos depois. A personagem acorda num mundo populado por imbecis que passam o tempo todo comendo fast foods e assistindo a programas idiotas de TV, em poltronas que possuem privadas embutidas. A fome assola o país porque os campos são irrigados com uma bebida isotônica que