Resenha identidades

A identidade é o que faz que uma coisa seja da mesma natureza que outra. Partindo desse princípio o livro A Identidade Cultural na pós-modernidade do autor Stuart Hall aborda questões para a reflexão sobre o surgimento das novas identidades. Segundo Stuart Hall esta crise de identidade é vista como parte de um processo mais amplo de mudança, que está deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalando os quadros de referência que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social, e ainda explora a afirmação de que as identidades modernas estão sendo “descentradas”, ou seja, deslocada ou fragmentada. Esta descentração significa a perda de “um sentido de si”, ou podemos dizer a perda daquela única referência sólida como indivíduo social. O autor cita três concepções de identidade: a identidade do sujeito do iluminismo, sociológico e pós-moderno. Enquanto o sujeito do iluminismo era uma pessoa humana centrada, cujo centro consistia num núcleo interior permanecendo uma identidade rigída, o sujeito sociológico diferente do iluminista não era autônomo e auto-suficiente mas era formado na relação com outras pessoas, que consequentemente acontecia a troca de valores, sentidos e símbolos, na verdade uma interação entre o eu e a sociedade. O sujeito pós-moderno surge então a partir do processo de fragmentação, ele sai de uma identidade unificada e estável para novas identidades, se deparando com vários sitemas de significação e representações culturais.
De acordo com Lúcia M. Oliveira as identidades culturais não apresentam hoje contornos nítidos e estão inseridos numa dinâmica cultural fluída e móvel, assim percebemos que o sujeito pós-moderno assume identidades diferentes em diferentes momentos. Percebemos também que a globalização tem efetiva participação neste processo de mudança, por diminuir o tempo e espaço que tais informações, ou a descoberta de outras identidades, cheguem ao conhecimento de todos. Anthony Giddens cita “à