Resenha Filme Meia noite em Paris

Nos bons, não nossos, velhos tempos...
Teorias nostálgicas sobre “Anos dourados” são trazidas por Woody
Allen, roteirista e diretor do filme “Meia-noite em Paris” que estreou no Brasil em 16 de junho de 2011. Ele expõe em sua obra a força da ilusão sobre a
“Idade de Ouro” ou “The Golden Age” que seria o olhar fantasioso dado por todos nós à épocas anteriores. Allen trata disso de maneira intensa, mas com uma vertente sutil e envolvente, que todo bom filme “fantástico” tem.
Super elogiado pelas críticas, o diretor consegue trazer às telonas uma, podemos sublinhar, obra-prima. Calcados claro, pelo passado criativo de obras como “Simplesmente Alice” (1990) e “A Rosa Púrpura do Cairo” (1985) que se assemelham com o longa, mas “Meia-noite” é aventado pelo diretor num outro viés, que aparentemente, superou as duas obras, que também foram muito bem sucedidas.
Quando os Estados Unidos entram na primeira guerra mundial, uma verdadeira comunidade de escritores e artistas foram para capital francesa, considerada por muitos, a mais bela e inspiradora do mundo. Nesse período, se encontrava em Paris grandes nomes de escritores americanos como, Ernest
Hemingway, Fitzgerald, Gertrude Stein, o músico, Cole Porter, o cineasta espanhol nacionalizado mexicano, Luis Buñuel, o também espanhol, Pablo
Picasso, artista plástico, escultor e poeta, o francês Henri Matisse, pintor desenhista e escultor, e vários outros. Eles têm no filme suas vidas atreladas, claro que não por coincidência, já que viveram no mesmo período. Alguns deles inclusive, também fizeram parte do movimento “Geração Perdida” original
“Lost Generation”, criado e popularizado por Gertrude Stein.
A magia que nasce ao toque da meia-noite na bela Paris, leva um jovem escritor americano ao que parece uma espécie de “Olimpo” onde seus grandes ídolos literários e artísticos, convivem. De repente, ele se vê parte desse seleto círculo e vive momentos preciosos na época que sempre desejou conhecer.
No filme Gil Pender (Owen