Resenha filme "Getúlio"
A história começa em 15 de agosto de 1954, data do atentando sofrido pelo jornalista Carlos Lacerda e vai até 24 de agosto, quando ocorre o suicídio. O filme se passa quase que exclusivamente no palácio Catete, mostrando o clima pesado e opressivo que tomou conta da sede do governo e o enclausuramento em que Vargas ficou. Neste intervalo o filme apresenta os personagens que faziam o circulo presidencial e o aumento da tensão, enquanto sofria forte pressão política por parte da imprensa, políticos e militares. Logo no início do filme, Vargas em breves palavras conta, como que em um reflexão interna dos 15 anos da chamada "Era Vargas", assumiu o poder, após comandar a a Revolução de 1930, derrubando o governo de Washington Luís. Os 15 anos de governo seguintes foram muito marcados pelo nacionalismo e pelo populismo. Neste período, ocorreram-se várias fatos da fase ditatorial de Getúlio, como a censura da imprensa, as prisões, as torturas, o fechamento do congresso, etc. Após esse momento, somos introduzidos para o segundo momento da história, sua primeira eleição direta como presidente da república, em 1950, continuando fortemente com sua política nacionalista. A história muda de cenário a partir do atentado a Carlos Lacerda (opositor do governo) e a morte do Major Martim Vaz, pois Vargas acaba sendo bombardeado de acusações, com o intuito de manchar a imagem de seu governo. Por fim, em 24 de agosto de 1954, em meio a grande pressão política, da imprensa, dos militares e com o país em situação econômica ruim, Getúlio suicida-se com um tiro no peito, deixando seu legado e um testamento com uma frase marcante: “Deixo a vida para entrar na história".