Resenha "Elizabeth A Rainha Virgem"

O filme assistido em aula retrata o fim do reinado de Maria, a Sanguinária, e a ascensão ao trono de sua irmã Elizabeth. Uma questão latente nessa transição são os interesses religiosos que permeavam a corte. Maria, casada com Felipe II de Espanha, era católica fervorosa e assim pretendia que fosse a Inglaterra. Elizabeth, de uma maneira geral, era extremamente pragmática em questões religiosas, utilizando esse artifício em seu favor para tomar decisões que impactassem a Inglaterra positivamente. A então rainha Maria I, mesmo consentindo as crenças de Elizabeth, não assina o papel que deserdaria Elizabeth do trono. As relações diplomáticas, no filme, se dão a partir de casamentos entre os membros da corte de cada país, essas são as relações que definem quem será aliado de quem. É possível citar, também, a presença do Embaixador de Felipe II na Inglaterra, o qual é designado para lá defender os interesses da Espanha. A diplomacia, na época, apesar de estar explícita no filme, era muito diferente do que acontece hoje. No mundo atual, as relações entre os países são definidas por interesses comuns e afinidades ideológicas, não por uniões maritais que visam apenas a aumentar a influência de uma potência no território de outra. Elizabeth é a herdeira do trono da Inglaterra. No entanto, ela precisa de uma legitimidade para que possa governar. Sendo extremamente pressionada para que ela encontre um marido, Elizabeth é persistente em suas crenças e, desse modo, não se casa para não aumentar o poder da Espanha ou da França sobre a Inglaterra. Além disso, ela tem suas contradições em relação à Igreja, essa que tinha muito mais afinidade com Maria I do que com Elizabeth, oportunista em questões religiosas. A rainha, no entanto, consegue contornar esses obstáculos de diversas maneiras até que, eventualmente, possa se legitimar no poder. O episódio de Maria Stuart se refere ao fato de que ela, rainha da Escócia, tinha pretensão ao trono inglês. Elizabeth, persuadida pelos