Resenha Ecxonomia Brasileira

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No final do século XIX, a cultura cafeeira encontra condições muito favoráveis para sua expansão. Criando assim, um enorme ciclo de crescimento da oferta.
No início do século XX, a economia cafeeira começa a enfrentar suas primeiras crises. A partir de então, os produtores de café montam um novo esquema para se defenderem da baixa de preços.
O método criado consistia numa política de valorização do café, financiada por empréstimos contraídos no exterior. A solução pensada foi evitar que a capacidade produtiva continuasse a crescer, pois corria o grande risco de a demanda cair, devido ao fato de que o complexo cafeeiro apresentava as maiores taxas de rentabilidade da economia. Em 1929/30 estoura a crise, a economia cafeeira encontra-se em desequilíbrio estrutural entre oferta e demanda. Nos anos que antecederam a crise, a prosperidade econômica dos países industrializados não altera a dinâmica da demanda por café, enquanto isso, a produção de café não para de crescer.
O erro básico da política de defesa do café foi não perceber a tendência de longo prazo a queda dos preços do café consequência da elasticidade da mão-de-obra e da abundância de terras desocupadas. Assim quando a crise chega, a produção de café continua crescendo, já que os produtores já haviam expandido as plantações. Por outro lado, crédito no exterior, para financiar a retenção de novos estoques e manter o nível de preços, era impossível de se contrair.
A queda do preço do café só fez os produtores a seguirem colhendo o café e pressionando o mercado para desovarem seus estoques. Com tudo isso, criou-se uma nova queda de preços e uma nova depreciação da moeda, agravando ainda mais a crise.
Com todos estes problemas se agravando cada vez mais, a única forma encontrada foi a retenção e destruição de estoques, financiada pela expansão do crédito interno.
Os produtores, estimulados pelo fato da baixa de preços ter sido anulada pela depreciação cambial, continuaram com suas colheitas.

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