Resenha DU3

No livro Forma, Imagem E Significado Em Estruturas Urbanas Centrais de Ferdinando de Moura Rodrigues, o capítulo 8 aborda as tipologias dos tecidos urbanos da área central de Niterói. O autor inicia o capítulo com uma sucinta descrição da área estudada. Suas informações sobre a localização geográfica são breves, somente relata sua situação próxima a uma das inúmeras enseadas formadoras de sua orla na Baía de Guanabara, fronteira à cidade do Rio de Janeiro. Em seguida, são introduzidos dados sobre sua área de 180ha, dos quais 145 são urbanizados e 35 em aterro ainda por urbanizar, e a altura de suas limitações em cada ponto cardeal. As 37 ruas, 73 quadras e aproximadamente 2500 edificações são classificadas em quatro tipos de textura de malha urbana, categorizadas de acordo com as suas diferentes dimensões de parcelamento e intensidade de sua edificação. O primeiro tipo são as quadras com textura exterior fechada e interior aberta. Esta textura possui origem nos primeiros parcelamentos do plano da área central. Os lotes de testada reduzida e com grande profundidade são inseridos em quadras normalmente quadradas ou retangulares. A edificação em todas as testadas provoca um muro contínuo de fachadas de alinhamento com a rua e grandes vazios no interior do lote. A continuidade do muro de fachadas causa uma imagem enclausurada e sua sequência de elementos é ordenadora tridimensional da imagem ambiental. Ao contrário da “desordem” do interior da quadra que só seria percebida com um ponto de vista aéreo. Em seguida, o autor elucida o segundo tipo de textura, as quadras com exterior e interior fechadas. Este outro tipo é composto por quadras estreitas e alongadas com parcelamento em lotes de maior testada e menor profundidade. Para o olhar de um pedestre, esse tipo seria muito semelhante ao anterior, devido sua face de muro contínuo de fachadas, ausência de espaços intersticiais, rua de traçado retilíneo e horizonte infinito. Entretanto, no interior, os lotes são