Resenha dos capítulos: 1, 2 e 3 do livro: Justiça – o Que É Fazer a Coisa Certa

O livro primeiramente trás ocorrências em que o dilema ético nos leva a perguntarmos-nos “o qual é o correto a ser feito naquela situação?” como a primeira situação na qual Sandel fala sobre o momento após a destruição da Flórida pelo furacão Charley que a varreu no verão de 2004, com a destruição das casas, sem água potável e no calor altíssimo do verão no hemisfério norte, os moradores da região estavam a necessitar de abrigo, água potável e de maneiras pra amenizarem o calor.
Com a alta procura por gelo ocasionada pelo verão, os comerciantes aumentaram o preço dele, que subiu de dois dólares para incríveis dez dólares, um aumento de 400% e como não havia outra maneira, os moradores viam-se obrigados a comprar os sacos de gelo a preço de ouro.
Outro problema foi relacionado ao abrigo, com seus telhados destruidos por árvores, quem fornecia o serviço passou a cobrar preços que não estavam ao alcance de todos.
Foi uma onda de preços extorsivos que deixava quem perdeu todos os seus bens de mãos atadas para passar pela situação, a única saída era a compra dos produtos com preços extorsivos.
Não se trata de uma situação normal de livre mercado, na qual pessoas que desejam comprar algo decidem livremente entrar no mercado e contrarm pessoas disposta a vender-lhes o que desejam, na qual um preço obedece à lei de oferta e da procura. Numa situação de emergência, compradores coagidos não têm liberdade. A compra de artigos básicos e a busca de abrigo seguro são algo que lhes é imposto.(p-13)

Alguns, como Charlie Crist, procurador-geral do estado, diziam que os preços eram abusivos demais e era uma falta de humanidade abusar de pessoas que estavam passando pelos estragos de uma catástrofe climática, até disse: “estou impressionado com o nível de ganância que alguns certamente têm na alma ao se aproveitar de outros que sofrem em consequência de um furacão”(p-11), afinal, existe uma lei na Flórida que proíbe os preços abusivos.
Todavia, havia quem defendesse os