resenha do livro o grande mentecapto

O Grande Mentecapto Neste livro o autor Fernando Sabino elabora uma trama com intenção de homenagear as pessoas, humildes, simples e puras. Durante a trama o personagem principal se desloca por um espaço indefinido, através de conflitos para resolve – los heroicamente. Viramundo contracena com diversos personagens e sempre se comporta como o bem intencionado, o puro, o ingênuo, sempre submetido à maldade do mundo. Andarilho, louco, despossuído, vagabundo e idealista vive em uma sociedade que não entende e não se enquadra, demonstrando um sentimento de ternura e de pena por todos aqueles que em sua simplicidade, sofrem o descaso, a ironia, a opressão e a prepotência. Para Viramundo, concertar o mundo é a sua missão e ele se dedica com toda a força para executar tal decisão, não se deixando abalar pelo insucesso, pelo ridículo, pela violência ou pelos insultos sofridos. Em seu delírio, o irreal e o real andam de mãos dadas, não existe separação entre o concreto e o abstrato, por isso ele não se abala com nada que o defronte; não teme os fortes, os violentos, não se assusta com fantasmas e nem com ameaças, aceita o que a vida lhe reserva. Viramundo não tem qualquer ligação definitiva com a vida, não assume compromissos, é desprezado e usado por aqueles com os quais se relaciona. A pureza de Viramundo relatada nessa obra é a critica a hipocrisia das relações humanas em um mundo que perdeu o sentindo da solidariedade e da fraternidade. Sua alegria ingênua e desinteressada opõe – se aos interesses malferidos, ao conservadorismo e a arrogância. Porta – voz dos loucos, dos mendigos, das prostitutas, Viramundo conhece os caminhos da enganação e da falsidade dos políticos e poderosos. Geraldo Viramundo não era conhecido, mas acaba criando fama em razão dos casos em que se envolve, com a aparência imunda de um mendigo está um sujeito com cultura geral incomum, pois fala como um homem conhecedor e possui experiências de um ex – seminarista e um ex – militar