resenha do livro realidade e ficções na trama fotográfica

KOSSOY, Boris. Realidades e ficções na trama fotográfica. São Paulo: Ateliê Editorial, 2009.
A fotografia foi feita para formar ideias que mostram as várias atividades do homem e das suas ações sobre os outros homens e a natureza. A fotografia desde que inventada, foi e sempre será o segundo melhor registro de uma boa memória para o ser humano, sendo que o primeiro é simplesmente a memória humana.
É interessante como o autor consegue explicitar os elementos para a fotografia ser formada, que são o assunto, o fotógrafo, a tecnologia esses três unidos formando a fotografia. Porém todos baseado em apenas dois pilares, o espaço e o tempo.
Para criar o fotógrafo depende de todo um processo cultural somado às técnicas aprendidas para conseguir captar o que vê e transpassar para os espectadores que terão um olhar mais crítico e pessoal sobre aquela imagem.
A fragmentação de uma imagem exige muito do quanto o fotógrafo vai se doar para a fotografia, pois ele captará o assunto da fotografia, ele tirará o recorte espacial do momento, já o congelamento exige mais da técnica que ele usará pois está ligado ao momento de apertar o disparador e interromper naquela pequena caixa chamada câmera, aquele espaço temporal.
O fotógrafo deve captar a imagem a partir do real e interpreta-la da forma que mais lhe é aprazível. Porém no momento que ele capta o momento ele deve ter a sensibilidade de passar seu sentimento para seus espectadores. Pois não vale de nada um artista captar a imagem de uma maneira que apenas ele possa interpretar,
Chegamos então à primeira e a segunda realidade, aonde a primeira realidade é o próprio passado, é o assunto em si na dimensão da vida passada, ele diz respeito à história particular do assunto, independentemente da interpretação. Já a segunda realidade mostra o que o assunto representa, é a realidade do espectador, do que o espectador sente e interpreta a partir daquela imagem.
Como todos os assuntos estão ligados, chegamos também nos dois