Resenha do filme "A Duquesa"

O século XVIII é conhecido por começar as mudanças e diferenciação dos sexos quanto ao vestuário. As roupas femininas tornam-se cada vez mais extravagantes e exageradas em relação aos homens. Eles usavam roupas mais discretas, principalmente depois da Revolução Francesa, onde o patriotismo foi aflorado e incorporado na indumentária.
A autora Anne Hollander em seu livro “O sexo e as roupas: A evolução do traje moderno” explica que na segunda metade do século, o vestuário feminino era considerado teatral. Além disso, observa-se nos retratos de casais pintados durante 1770 e 1780, a diferença no volume e adornos dos trajes femininos em relação aos masculinos.
Anne descreve também a peruca utilizada pelos homens, geralmente branca com pequenos caracóis e os chapéus, elegantes e de tamanho modesto. Em contrapartida as mulheres usam cabelos com cachos, enormes penteados e extravagantes chapéus.
Percebe-se essa diferenciação no filme “A duquesa”, um filme de 2008, que retrata a história de Georgiana Spencer. Uma jovem inglesa que viveu no século XVIII e inicio do XIX, mais precisamente entre 1757 e 1806. Ela casou-se aos 18 anos com o Duque de Devonshire, que desejava ter um herdeiro, porém todas as suas tentativas resultavam em abortos ou em filhas, até que finalmente ela engravida de seu único filho homem, William Cavendish.
Georgiana também é conhecida pelo seu romance com Charles Grey, que futuramente tornou-se Primeiro-ministro do Reino Unido. Além disso, seu engajamento com questões políticas despertava o interesse de todo o povo pela duquesa.
Georgiana era um ícone da época e qualquer vestido ou adereço que usasse num dia era imediatamente copiado no outro. No filme isso é descrito em uma cena onde o casal vai a uma festa em Bath e ela é apresentada. Um personagem do filme a descreve com as seguintes palavras: “É sempre um prazer quando ela está de férias e nos concede algumas palavras de sua sabedoria. Sem mais demoras, é com grande honra que lhes apresento